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"Dar um tempo.." realmente funciona? Entendendo as implicações de se colocar o relacionamento em banho maria


Todo relacionamento passa por altos e baixos e não é incomum que casais se deparem com a seguinte frase: “Precisamos dar um tempo...”. Apontado pelo senso comum como solução para uma relação em crise, é o pesadelo para uma das partes do casal.

Mas, a pergunta que fica é: Dar um tempo realmente funciona?

Psicólogos, sexólogos, coachs e outros profissionais dificilmente entrarão em um consenso pleno sobre a eficiência desse método. Porém a maioria concorda que se essa frase foi dita, algo não foi consertado, e concordam que o simples fato de se pedir um tempo não vá resolver.

A verdade é que é muito difícil encontrar alguém que tenha reatado com sucesso após ‘dar um tempo’, mas um fato sobre a psicologia é que não estamos falando de uma ciência exata. Sempre há pessoas que fogem a regra, casais que se separam e retornam em definitivo, casam-se e vivem felizes para sempre (sim, como nos contos de fadas).

Então antes de tomar esse tipo de decisão, é importante entender algumas coisas sobre dar um tempo.

Qual o real motivo por trás de se pedir um tempo?

A única coisa certa quando pedimos tempo e espaço é a velocidade (para quem lembra das aulas de física), por isso entenda onde está pisando.

Há situações em que se pedir um tempo, na verdade esconde um desejo de término, mas por falta de coragem, ou por medo de uma decisão precipitada, uma das partes acaba optando por tentar encontrar um meio termo, ou a possibilidade de reavaliar toda a relação sem algum tipo de pressão.

É importante que fique claro os reais motivos de se pedir um tempo, inclusive para quem pede. Se há um erro, uma mania insuportável, falta de desejo, ou outro problema... É vital que ambos tenham ciência do que é, principalmente se quiserem ter uma chance de consertar a relação.

Quais são os riscos de se dar um tempo?

Pela minha experiência, a confiança é o primeiro elo a ser quebrado, e quase sempre isso determina o fim do relacionamento. ‘Dar um tempo’ dificilmente tem regras claras. Qual o prazo? Vamos ver outras pessoas? Haverá envolvimento sexual/afetivo/íntimo com outra parte? Serei rejeitado(a) novamente?

E tem uma dúvida que muitos não falam, mas é a pior de todas: Será sempre assim em todo problema que tivermos?

Certos medos podem ser potencializados, ou virem à tona. Já diz o ditado “a mente ociosa é a oficina do diabo”, e na psicologia o ‘diabo’ vem em forma de medos e inseguranças.

Lembre-se, alguém sempre se machuca quando essa frase é dita, e isso por si só, já é um novo problema a ser resolvido.

Faças as perguntas certas:

Pedir um tempo implica certamente em dúvidas, e como o coração é traiçoeiro, e paixão não é amor, se pergunte:

Serei feliz nessa relação? Confio em quem está comigo? Quais as vantagens em se estar neste relacionamento? O que eu posso melhorar? O que o(a) outro(a) pode melhorar? Esse é um projeto que quero para minha vida? Que sacrifícios terei que fazer? Que sacrifícios terão que fazer por mim? Poderemos fazer esses sacrifícios?

Se houver uma resposta negativa, e não houver possibilidade de mudanças, pode ser que esse relacionamento já esteja por um fio.

E que alternativas eu tenho ao ‘dar um tempo’?

Diálogo: A relação geralmente é constituída por duas pessoas e como partes interessadas elas devem dialogar, entender o que está acontecendo e terem a chance real de se entenderem. Ou, no mínimo, de terminarem, se for o caso, da melhor forma possível (sim, em ‘dar um tempo’ essa sempre é uma hipótese real). Mas, se já houve diálogo antes e vocês não se entenderam e ainda querem tentar salvar a relação, existem outras coisas que podem fazer.

Mediação: Não querendo puxar sardinha para o meu lado, mas nós psicólogos estamos aqui para isso (também). Através de sessões individuais, ou em grupo, podemos ajudar a mediar um conflito e ajudar ambas as partes a entenderem o que se passa um com o outro, sem a poluição de suas impressões pessoais. Para os casais mais religiosos, existem sacerdotes que também podem ajudar o casal mediando o conflito através da fé, não será um terapeuta, mas pelo contesto religioso do casal podem ajudar.

Espaço: Diferente do tempo, o espaço tenta resolver um problema muito comum entre os casais, que é a sensação de sufoco após passarem muito tempo juntos. Nesse caso, a relação não entra em modo de hibernação, para todos os efeitos nada acabou, mas haverá um pouco menos de contato. É importante estabelecer as regras, como por exemplo estabelecer que não irão se ver durante a semana, quantas vezes por dia, ou semana, irão trocar mensagens e telefonemas, é basicamente voltar há um princípio de namoro. Assim a parte em dúvida ganha um “tempo” para pensar e refletir, sem ser incomodada. Mas cuidado, a pouca interação, poderá aumentar a distância.

Reacenda a chama: Refaça o primeiro encontro, faça reserva em um restaurante romântico, viajem para um lugar bonito, desliguem os telefones, se permitam viver e tirem um dia inteiro só para vocês e coloquem a chama do amor em teste.  É impressionante quantas pessoas terminam relacionamentos porque a “chama apagou”, mas não tentaram reacender. Se você acha que o relacionamento vale a pena, crie a possibilidade de o amor reaparecer. Não é garantido, mas ao fim do dia, pelo menos você saberá que tentou e terá mais certeza.

Só você sabe o que é melhor para você!

Eu não vivo sua relação e não posso afirmar qual é a melhor alternativa para você, cada caso é uma situação em particular. Sei que apontei muitas coisas negativas sobre ‘dar um tempo’, mas apesar de tudo, em algum momento você vai encontrar casos que deram certo. Cabe você refletir após esse texto e fazer as perguntas certas. Lembre-se:

Nem sempre o que você quer é o que você precisa!

Se você é a parte que está pedindo tempo, se prepare para lidar com toda a bagagem de problemas que podem vir, mas seja honesto(a) com o(a) outro(a), deixe saber onde se encontra e não estenda mais que o necessário. Mesmo que sua decisão vá partir o coração de alguém, não seja covarde correndo o risco de sustentar uma ilusão.

Se você é a parte que recebeu o pedido de tempo, aproveite para reavaliar também sua relação. Pergunte-se novamente se esta é a pessoa que quer para sua vida. Na verdade, faça todas as perguntas que fiz neste texto e mais algumas. Lembre-se, você também tem o direito de ser feliz, mesmo que tome a difícil decisão de sair da relação.

O ideal é que todos sejam felizes com a pessoa amada, por isso não se guie só por mim. Relacionamentos implicam em decisões difíceis e espero que você que está lendo agora, seja feliz no seu!

Um grande abraço a todos!

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