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As áreas de saúde mental sem confundem no Brasil, pois acabam tendo objetivos e caminhos que até certo ponto são parecidos. E a psicologia e a psiquiatria são duas áreas que vivem sendo confundidas.
Apesar de terem objetivos parecidos, elas possuem diferenças e não raras vezes são complementares. Hoje eu vou falar com vocês, um pouco, sobre a diferença entre a psiquiatria e a psicologia.
Meu nome é Elias Ribeiro, ou sou nerd e por mais incrível que pareça também sou neuropsicólogo. Bem-vindos ao PsicoNerd!
Esse episódio foi uma sugestão do inscrito Jurandyr, então, também não deixe de comentar, quem sabe sua sugestão não vire um episódio. Também, curta e compartilhe o vídeo para ajudar este projeto a crescer e se inscreva no canal, ou podcast, se ainda não fez.
Antes de falar das diferenças, vamos falar nas similaridades.
Ambas as áreas cuidam da saúde mental e buscam trazer para o paciente mais qualidade de vida. Tanto a psicologia, quanto a psiquiatria vão avaliar e tratar transtornos mentais, episódios e distúrbios de saúde mental, além das questões de saúde mental que possam levar a outras doenças.
No Brasil especificamente, a psicologia e psiquiatria são áreas com graduações diferentes. Eu friso bem aqui no Brasil, porque em outros países a formação é diferente. Estou preparando um episódio especial falando sobre as diferenças da formação do psicólogo no Brasil e nos Estados Unidos. Mas, no Brasil a psicologia é um campo de conhecimento da saúde com seu próprio curso de graduação, enquanto a psiquiatria é uma especialização da medicina.
Então temos a primeira diferença aqui, ou seja, o psiquiatra é um médico e o psicólogo é um profissional da psicologia que também podem ter suas especializações. Eu por exemplo sou graduado em psicologia e pós-graduado em neuropsicologia e Terapia Cognitivo Comportamental.
Outra diferença é o foco. A psiquiatria concentra seus esforços nas causas orgânicas e fisiológicas, tentando elaborar um tratamento a partir destas descobertas. Enquanto a psicologia considera as causas subjetivas, que possam ter desencadeado todos os outros problemas, incluindo os orgânicos.
Aqui eu abro um parêntese, apesar desta diferença de foco, tanto psicólogos e psiquiatras podem e devem considerar todas as possibilidades. Apensar da subjetividade ser o foco do estudo do psicólogo, ele também precisa avaliar o peso orgânico nos transtornos do paciente. Da mesma forma que é comum o psiquiatra levantar o histórico psicossocial do paciente, para saber se no meio que ele vive tem algum evento que causou o problema.
E fazendo um link aqui, o psiquiatra receita remédios, coisa que o psicólogo não faz. Porque, mais uma vez, a psiquiatria é uma especialização da medicina. Enquanto o psicólogo vai atacar a causa social do problema.
Enquanto o medicamento é uma exclusividade do psiquiatra, o psicólogo tem os testes psicológicos como suas ferramentas exclusivas. Além disso o psicólogo pode ajudar quem procura aperfeiçoamento profissional e pessoal, auxiliando no desenvolvimento de habilidades. Nem todo mundo que procura o psicólogo sofre de algum transtorno.
Por fim, ao contrário do que reza a lenda, o psicólogo e o psiquiatra não são rivais, muito pelo contrário. A psicologia e a psiquiatria são complementárias. Não é possível enxergar o ser-humano como algo exclusivamente orgânicos, filosófico ou social. Somos complexos demais para sermos reduzidos a isso. Por isso é comum os psicólogos e psiquiatras trabalharem em conjunto.
Bem vou ficando por aqui. Obrigado por sua companhia, um grande abraço!
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